terça-feira, 9 de junho de 2009

Capital internacional será beneficiado com a ferrovia oeste-leste na Bahia

As obras de construção da Ferrovia Oeste-Leste serão iniciadas em novembro deste ano, logo depois da liberação da licença ambiental, prevista para os próximos 70 dias. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (8) durante a primeira consulta pública que debateu a edificação em Barreiras, no oeste baiano, pelo presidente da Valec Engenharia, empresa responsável pela execução dos trabalhos, José Francisco das Neves. O projeto pretende contribuir para o escoamento da produção de minério de ferro, grãos e farelos, álcool, açúcar e algodão, biocombustível e derivados de petróleo. “Com esta ferrovia teremos vários benefícios. O aumento da segurança e a redução dos gastos em manutenção de rodovias, são exemplos. A interligação Oeste-Leste vai facilitar o transporte da soja, que será levada para os portos com mais rapidez e segurança”, destacou o governador Jaques Wagner. A segunda consulta será realizada em Ilhéus, no sul do estado, com data ainda a definir. A construção será concluída em dezembro de 2012. Informações da Agecom. Fonte: Bahia Notícias.

Dedadinhas!!!

Esse projeto ferroviário é importante para a Bahia e para o Brasil. Acho oportuno e importante corrigir os desmandos políticos e econômicos que acabaram com nossa malha ferroviária, pois a lógica era implantar rapidamente as rodovias para beneficiar as grandes corporações internacionais ligadas ao setor. Porém, diante de nossa realidade atual a pergunta é: com tantos problemas no Estado, a exemplo, do metrô calça curta de Salvador que não fica pronto, mobilizações e paralisações nas universidades por conta do contingenciamento de verbas e falta de professores, a constante falta de materiais didáticos, professores e funcionários nas escolas estaduais, será mesmo que essa ferrovia oeste-leste é prioridade?

Quem realmente vai beneficiar com esse empreendimento? Será os pobres das periferias de Salvador, Feira de Santana, Conquista ou Barreiras, os quais estão sofrendo com os problemas relacionados com a caótica situação da educação na Bahia? A meu ver, esse projeto, em que grande parte será realizado pelo PAC com a devida contrapartida do Estado, deve ser mais debatido com a população, pois os gaúchos fazendeiros e grandes plantadores de soja, milho e algodão do oeste baiano não podem opinar sozinhos com relação a essa questão. Ah não posso esquecer das grandes corporações internacionais que controlam tudo por lá, a exemplo, da Bung e da Cargil. Acho que Wagner deve ouvir mais sua base especialmente a base de seu partido, digo a base e não os magnatas petistas faladores. Base é solidez e governo sem solidez não vai muito longe.

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